Sem dúvida a compra da casa própria é um desejo dos brasileiros para 2020. Afinal, muito mais do que a realização de um sonho pessoal o investimento representa um importante passo no ponto de vista econômico.
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De acordo com Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 68,2% dos brasileiros vivem em casa própria quitada, ou seja, pelo menos 31,8% vivem de aluguel ou favor. Neste primeiro grupo existem ainda aqueles que planejam mudar de residência. Mas da compra do terreno até a entrega das chaves tem muita coisa que você precisa saber.
O primeiro passo é escolher o terreno. “As principais decisões que o cliente deve tomar, quando vai escolher o terreno, é se realmente aquele terreno que ele escolheu, vai suprir suas necessidades de segurança, trabalho, lazer e se o valor cabe no seu bolso”, explica Andrey, engenheiro civil e diretor da Ápia Construtora. E por último e não menos importante é se o valor de compra do terreno vai viabilizar que o mesmo realize a construção que deseja. Segundo ele, nem sempre é fácil aliar isso a bons preços.
“Partir de uma construção do zero permite que a pessoa desenhe aquele sonho junto com o seu arquiteto e engenheiro. É aquele desejo de customizar a casa do jeito que você sempre sonhou”, diz.
Após a escolha do terreno, inicia-se o processo de obra. Neste caso ter uma empresa de Construção Civil e profissionais especializados, atuando juntamente pode evitar desagastes físico e financeiro, isso porque normalmente essas empresas trabalham com cronogramas para execução. Todas as variáveis a partir do estilo da obra, quantidade de pavimentos e dificuldade na execução são levados em conta, como também a disponibilidade financeira de quem está iniciando o processo. “Essa organização inicial permite que o cliente tenha extrema transparência nas etapas executadas e ao seu desembolso. Os processos são descritos mês a mês, o que serão executados e a partir daí tem como saber se a obra está em atraso ou se ela se encontra dentro do cronograma e por muitas vezes até adiantado”, afirma Fabre.
Medição x Orçamento
Outro ponto muito importante destacar é com relação ao projeto que deve ser entregue na prefeitura para liberação da obra e o que de fato será construído. Neste sentido, a arquiteta Lia Herrmann, especialista em projetos arquitetônicos explica que o código de obras municipal não prevê como área computável – taxa municipal que se paga pela área construída – a construção de calçadas, garagens, varandas e muros, por exemplo, que acabam não sendo contabilizadas na metragem total do projeto o que pode gerar transtornos e custos maiores ao proprietário do imóvel durante a construção. “É neste ponto que muito clientes se perdem”, explica Lia. Segundo a profissional, é preciso contabilizar toda a obra e o projeto total é sempre apresentado de forma clara ao cliente para que fique ciente de que a taxa paga a prefeitura nem sempre condiz com aquilo que de fato será construído.
A construção civil atrela a obra ao custo do metro quadrado, ou seja, os detalhes fazem toda a diferença. Andrey explica que não se deve basear o custo da obra apenas na caixaria ou totalidade de metro quadrado da casa em si. “Além da casa há muros, varandas, calçadas, pergolados que agregam no orçamento do projeto”. Por exemplo, uma casa de 200m², com custo médio de R$2mil o metro, pode custar R$400mil para construção, no entanto o engenheiro alerta que em muitos casos, na hora de executar o projeto pensado, há 60m² a mais de áreas como varandas, sacadas, calçadas, que não foram contabilizadas nesses 200m² e que podem representar até R$30mil a mais em um projeto. “É neste sentido que a transparência com o cliente e fundamental. É necessário orçar o projeto todo, para que durante a execução não seja necessário agregar mais valor a obra e surpreender o cliente que muitas vezes não está preparado para arcar com mais um desembolso”.