Construção Civil: Setor com expectativa de crescimento em 2020

Consumidor mais confiante e diminuição de taxas e juros para financiamentos prometem alavancar segmento.

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2020 promete ser um ano de crescimento e expansão para a Construção Civil no Brasil. A expectativa é de que o setor cresça 3% e gere cerca de 150 mil empregos em todo o país, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Hoje, de acordo com a Associação Brasileira das Incorporadoras – ABRAINC, o segmento emprega 2,8 milhões de pessoas, o que representa quase 3% dos empregos formais do país.

Alguns índices levam a esta estimativa de crescimento, que já vem sendo alavancado desde o fim do ano passado. O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pela FGV/IBRE, por exemplo, chegou a 84,7 pontos em novembro, maior nível desde janeiro de 2015. Segundo o IBGE, esse é um dos resultados da alta de 10,7% no crédito para financiamento habitacional.

SITUAÇÃO REGIONAL

Em Chapecó e região, por exemplo a expectativa não é diferente. De acordo com a economista Cleusa Anschau, se o governo mantiver a política de juros mais baixos, há grandes chances do setor retomar o crescimento, especialmente graças à taxa Selic baixa, na faixa de 4,50% ao ano; juros habitacionais em queda e retomada do processo produtivo de forma gradual. “As taxas menores estimulam o mercado, principalmente para quem está pensando em reformar, ampliar ou mesmo construir um imóvel. Esses investimentos geram emprego e renda e impulsionam o mercado da construção civil”, comenta.

Na prática, as empresas do ramo já sentem essa empolgação se transformar em negócios fechados. Para a Ápia Construtora e Incorporadora, o consumidor já vem demonstrando maior confiança desde o fim do ano passado, prometendo ótimos resultados para 2020. “Já sentimos desde dezembro que teremos um mercado extremamente aquecido neste ano. As últimas semanas de dezembro e as primeiras semanas de janeiro já vêm nos mostrando isso. Tivemos muitos clientes querendo dar andamento aos seus projetos e construir, muita gente pedindo orçamento, fechando obra, diferente de antes, quando pareciam mais inseguros”, comemora o diretor da construtora, Andrey Fabre. Para ele, redução de juros e taxas e as ações realizadas pelo governo influenciam na confiança do consumidor, o que reflete diretamente no setor.

Cleusa ressalta que essa mudança nas políticas econômicas favorece especialmente quem quer investir na casa própria. “Como as taxas de juros e financiamentos estão em baixa, para as famílias que desejam sair do aluguel, é vantajoso buscar empréstimos no Sistema Nacional de Habitação”, indica a especialista.

Já para quem pretende comprar ou construir imóveis como forma de investir, o cenário também é favorável. “É, atualmente, a melhor forma de investir, já que você nunca perde. O imóvel sempre valoriza e rende, com a vantagem de ter um retorno rápido: dentro de um ou dois anos e com valores bastante atrativos. É algo muito mais seguro e rentável do que a bolsa ou a poupança, por exemplo”, argumenta. Cleusa concorda, afirmando que “imóvel sempre é um bom investimento”.

TENDÊNCIA

O diretor da Ápia, construtora especializada em casas de médio e alto padrão, destaca mais um fator que favorece a empresa neste novo momento, que é a tendência pela busca por obras residenciais unifamiliares. “As famílias estão em busca de casas onde haja espaço para momentos de lazer, pátio para as crianças brincarem e saírem dos aparelhos eletrônicos, espaço para ter animais de estimação. As pessoas estão em uma tendência de sair do apartamento, buscar privacidade, segurança e aconchego”.

A empresa, inclusive, vêm se preparando para atender a maiores demandas, com aumento de efetivo e na busca por novidades e diferenciais. “Estamos investindo na reestruturação da equipe, aperfeiçoamento de pessoal e cada vez mais buscando inovações tecnológicas para entregarmos residências autossuficientes e automatizadas”, destaca.

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