Considerada o norteador de todo o projeto, a planta baixa, ou o desenho técnico da casa, define estruturas, ambientes, dimensões e detalhes que iniciam por meio do briefing com o cliente.
A Ápia Construtora e Incorporadora de Chapecó conversou com a arquiteta Larissa Fabre que comentou sobre os processos de produção do projeto arquitetônico e quais os principais desafios de quem está querendo colocar no papel o sonho da casa própria.
“Antes de iniciar um projeto procuramos entender o que o cliente procura e quais são as expectativas e real necessidade dele”, explica Larissa. Nesta primeira etapa, o briefing é respondido pelo cliente para obter as informações necessárias, considerando: o orçamento, número de pessoas que irá morar na residência, a rotina, hobbies, móveis que serão aproveitados no décor, funcionalidades dos ambientes, estilo do projeto, entre outros.
Essas são algumas características essenciais, segundo Larissa, para se dar início ao projeto.
Além disso, também são feitos os levantamentos do terreno, onde se leva em conta a orientação solar e topográfica do mesmo, considerando sempre as características do entorno.
A planta baixa normalmente é desenvolvida com uma sugestão de layout. Nela também são colocados mobiliários para que o cliente possa entender com mais clareza como tudo vai ficar.
No desenho técnico da planta baixa têm o dimensionamento dos ambientes, medidas de paredes, esquadrias, que possibilita ter a real noção de espaços, circulações e acessos, para que a construção ocorra com total segurança.
“Na maioria das vezes o cliente já tem uma noção do que gostaria, principalmente na questão das necessidades. Por isso o briefing é tão importante, pois o acompanhamento de um profissional neste momento, é também para auxiliá-lo nas adequações necessárias para a concepção do projeto”, afirma.
Sobre a distribuição de ambientes
Não há uma regra para distribuição de ambientes em uma construção nova, normalmente o que se prioriza é divisão por setores que são lazer, serviço, íntimo e familiar.
O setor de lazer é normalmente composto pela sala de jantar, sala de estar, sala de tv e área de festas. Na área de serviço, está a cozinha, lavanderia, depósito, e o que servirá de apoio à essas áreas. Já os setores íntimos são compostos pelos dormitórios, suítes, closets, escritório, e salas de uso mais exclusivo da família.
“Existe uma relação desta divisão dentro das necessidades e expectativas do cliente, que vai definir se prefere espaços integrados, ou determinados ambientes mais próximos de outros. Mas no geral, não existe uma regra para essa divisão, existe uma orientação profissional e o desejo do cliente”, frisa.
Além disso, a definição dos espaços deve sempre considerar a distribuição do mobiliário, já que interfere diretamente na planta baixa e layout do projeto.
Para as áreas externas, Larissa explica que quando se tem um espaço exclusivo para esse ambiente, procura-se trabalhar nele conforme a identificação das necessidades e tamanho do terreno. “Normalmente nestes espaços temos churrasqueira, mesa de refeições, pia e bancadas de apoio, e em alguns casos fogão a lenha, forno de pizza, e mesa de jogos. Esse ambiente também pode ser integrado ou de acesso a cozinha, isso vai depender do espaço e do gosto do cliente”, frisa.
Para as construtoras a planta baixa é fundamental, pois é a partir dela que se dá início as obras, além de o cliente já ter um orçamento mais preciso do investimento que terá que fazer.